11 de ago. de 2008

AFINAL? QUEM COMPROU OS 2.000 RÉIS 1867 e 1886 FALSOS DA CHINA?

Todos querem saber se alguém comprou estas moedas de 2.000 Réis de 1867 e 1886, falsos da China, na V.S.O. ( venda sob oferta) promovida pela SNP - Sociedade Numismática Paranaense no mês de abril de 2008.
Para minha surpresa, mesmo em leilão, com toda a publicidade necessária, com a fama adquirida pela matéria publicada no Boletim nº 34 da SNP em Abril, as mesmas moedas não tiveram nenhum lance.
Bem, retirei as moedas e coloquei à venda no Mercado Livre. Foi anunciado em "compre já" por um preço um pouco superior ao preço mínimo de 600,00 para as duas moedas, anúncio de 15 dias. ( sempre salientando que se tratava de moedas falsas e citava artigo publicado no Boletim).
Mesmo assim, depois de 15 dias, não houve a venda das mesmas moedas, aí pensei, é bom eu retirá-las do anúncio e ficar com elas em minha coleção mesmo.
Mas o inesperado estava para acontecer, pois os Boletins da S.N.P. ainda estavam sendo entregues pelos correios aos associados, e eis que para minha surpresa, recebi uma ligação do meu amigo e associado da SNP, Sr. Pedro Pinto Balsemão, o qual, após breve comentário sobre o texto destas moedas, queria saber se eu já havia vendido as mesmas. Disse-lhe que as moedas já estavam em minha coleção e que assim ficariam.
Bem, depois de muita insistência e pelo desejo do meu amigo, acabei cedendo, após receber uma proposta irrecusável e por um preço BEM SUPERIOR ao valor inicial do Leilão. Assim estas, foram enviadas para a coleção do reconhecido gravador Sr. Pedro Pinto Balsemão.
Quando estive agora, no Encontro Numismático, no ínicio do mês de agosto entre 01 e 03, em Florianópolis, tive a satisfação em falar com o Sr. Balsemão, nossa conversa girou em torno das falsificações de moedas da China, e não só de moedas brasileiras. Lá mesmo, neste encontro, vários comerciantes tinham em seus estoques moedas de 8 Reales ( base para patacão 960 Réis) todos falsos.
Não que estes comerciantes tinham conhecimento, é que foram ludibriados mesmo, mas oferecendo a outros comerciantes e até mesmo colecionadores mais avançados, receberam com surpresa inesperada, a sentença de que tinham em seus estoques moedas falsas.
Por isso, meus amigos, tanto eu como o Balsemão, somos da mesma tese que os colecionadores observem bem as moedas que estão comprando, confiram o diâmetro, o peso, a coloração e outros detalhes e mesmo que não se convençam, não hesitem em consultar pessoas mais aprofundadas em conhecimentos numismáticos, afim de que haja uma certa garantia das peças que estão comprando. Que perguntem aos vendedores de qual coleção a moeda rara pertenceu, como foi adquirida, se foi através de leilões de Sociedades Numismáticas. Tudo isto torna-se uma garantia adicional do que estão comprando.
Resumindo e voltando ao assunto das moedas falsas da China, o próprio Balsemão se surpreendeu com a qualidade das moedas que agora fazem parte de sua coleção.
Fica aqui para conhecimento de todos e para saciar a curiosidade, com quem ficou as moedas, agora famosas, "moedas falsas da china", objetos de matéria publicada no Boletim da SNP e também, fica aqui um alerta sobre a grande quantidade de moedas falsas que correm à solta por aí, à procura de incautos e gananciosos.
Texto de João Gualberto Abib para o BLOG.

Um comentário:

  1. Abib:
    Adimiro-o tal qual o Balsemão. Dois numismatas dos bons e pessoas do melhor quilate.
    Você, viu, sabia e comprou o que ra falso da China. Pagou, recebeu, estudou, fez extenso artigo para o Boletim da SNP. Colocou-as no Mercado Livre com todos os detalhes. Depois vendeu-as ao Balsemão que além de tudo é também gravador. Com todos os dados específicos. Sabia de tudo. Por certo, também quer ver e estudar. Isso, é que se chama gente do ramo.
    Precisamos de gente assim. Principalmente porque o Prober recentemente morreu, O Cafarelli há algum tempo e o Guimarães que já faz tempo. Alguém tem de substituí-los.
    Tá tudo certo o que vocês fazem e fizeram. Quem assina embaixo, não comete crime algum.

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