6 de ago. de 2008

BILHETES FALSOS EM 1850 - JORNAL O GRITO NACIONAL

Já se foram 158 anos, e esta notícia foi histórica, primeiramente publicada no Diário do Rio e depois, transcrito para a Capa da edição nº 218 do Jornal O Grito Nacional em 07 de Dezembro de 1850.
O título da notícia " Os Portugueses e ainda a moeda falsa". O texto afirma: fábrica de bilhetes falsos do Império, mais adiante diz que foi apreendido 4 chapas de gravuras, sendo uma de 20 Mil Réis, da 3ª Série; outra de 20 Mil Réis da 1ª Série; outra de 50 Mil Réis da 1ª Série e a última com assinaturas dos mesmos bilhetes com os nomes de Joaquim Coelho de Oliveira e Manoel José Duarte. Mais um total de 14 Contos de Réis de bilhetes já cunhados, bem como demais utensílios usados neste fabrico. Tudo apreendido na casa do abridor (abridor de cunhos) Antonio Mendes Braga e na mão de outros indivíduos, que se ocupavam em vendê-los, e que todos se acham agora presos. Foi apreendido também, em diversas casas, cunhos de fazer soberanos ( moedas de ouro) e grande quantidade de moeda falsa, a saber: soberanos, meias onças, quartos de onças e etc.
Esta foi a notícia publicada há mais de um século e meio, mas a pergunta que fica aos estudiosos: hoje, qual número de catálogo levam as Cédulas (bilhetes)?? Alguém poderia elucidar esta notícia, apontando os tipos de cédulas e os anos, pelas informações então publicadas?? citando os números que levam nos catálogos, como o Livro das Cédulas do Brasil de 1833 a 2007 de Claudio Amato e outros edição de 2007.
A Numismática brasileira precisa desta resposta, caso voce leia e saiba decifrar este enigma, não hesite em informar.
Quem desejar uma cópia do exemplar "original" nº 218 c/ apenas 4 páginas do Jornal "O Grito Nacional", solicite-me por e-mail e enviarei ao custo de R$ 20,00 já incluso custo dos correios. Excelente peça para estudo.
A coleção original de todos os exemplares do Jornal " O Grito Nacional" que circulou no Rio de Janeiro, no ano de 1850, de janeiro a dezembro, faz parte de meu acervo e aos poucos, toda passagem que tratar-se sobre moedas e ou cédulas brasileiras, será a seu tempo disponibilizado neste BLOG.
Autoria deste texto: Joao Gualberto Abib, Numismata de Curitiba - PR

Um comentário:

  1. Tentando ajudar.
    As cédulas do início do império, não traziam impresso a identificação de estampa. Apenas as séries e o número das cédulas. Isso foi assim até o Cruzeiro Velho - série e número. As da primeira estampa (American Bank), algumas nem traziam a identificação. Só as da 2a. (Thomas de La Rue).
    As mencionadas no seu texto: 20 mil réis - 1a. e 3a. séries e 50 mil réis 1a. série, podem ser:
    20 - 1a. est. - 1.835 - 2a. est.- 1.842 e 3a. est. - 1.844.
    50 - 1a. est. 1.835, 2a. est - 1.839 e 3a. 1.848. As estampas seguintes já são posteriores a 1.850, quando pegaram a fraude.
    Aliás, segundo a literatura, a 2a. est. (com pequena alteração) só foi feita por causa da falsificação da primeira. A 3a. idem e assim por diante. Como não havia meios técnicos de se coibir a safadagem (já naquele tempo), mudavam-se as estampas. Em 1.850 nem se sabia sobre numeração de estampas. Isso só foi conseguido com estudos posteriores. Lógico que o artigo como posto no jornal da época não é claro e nem preciso. "Falsificação da de 20 mil réis 1a. série". Ora, pode ser a 1a. série da 1a. Est., da 2a. ou da 3a. Também assim nas de 50. As falsificações eram tantas que aparecem até hoje as famosas Falsas de Época. Importante - não confundir número de série com número de estampa. A série vai de 1 a ....? dentro da estampa. Estampa é tipo. Série é elemento auxiliar de numeração da cédula, assim como é hoje.
    Naqueles antanhos usavam-se para designar séries, também letras.
    Se não ajudamos... tentamos.
    Abraços
    AT

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