Hoje, dia 30 de Julho de 2008, preparando o material para levar ao 147° Encontro Filatélico e Numismático de Santa Catarina, em Florianópolis, que acontecerá nos dias 02 e 03 de agosto, e vasculhando meus arquivos, encontrei este catálogo de LEILÃO da Coleção Julius Meili e de outros amadores.
Para quem não sabe, Julius Meili Nasceu em 1839 e faleceu em 1907, e este leilão (supostamente) das peças de sua coleção, deu-se no ano de 1939, portanto, mais de 30 anos após a sua morte.
Consta nos anais númismáticos, que após o seu falecimento, em 1907, seus herdeiros doaram sua fabulosa coleção ao MUSEU NACIONAL SUIÇO DE ZURICH. Em 1920, este Museu se dispôs a vender a coleção, mas infelizmente não houve interesse do Governo brasileiro, a quem a coleção oferecida por 200.000 francos suiços. Naquele conjunto, destacava-se a moeda fiduciária com 1.059 peças, apresentando muitos exemplares de tal raridade. Em 1931 houve nova tentativa de vender a coleção ao Governo do Brasil, novamente sem sucesso. Poucos anos depois, a coleção foi vendida ao cidadão suiço Pedro Spoery, residente em São Paulo. Tem-se registros que parte daquela coleção pertence hoje ao Acervo do Museu Histórico Nacional. * Estas informações neste parágrafo, foi extraído do livro O Meio Circulante do Brasil Parte III - A moeda fiduciária do Brasil - edição do Senado Federal em 2005.
Pelas fotos das barras de ouro (veja foto acima) e de outras moedas de extrema raridade que foram a leilão, no total de 942 lotes, no dia 20 de março de 1939, peças da Coleção JULIS MEILI e de outros amadores, organizado pelo numismata Hermann Porcher, já abre uma curiosidade enorme pela RARIDADE e QUANTIDADE de peças Numismáticas que foram ultimadas naquele LEILÃO e leva a crer que quase a totalidade das peças eram da Coleção de Meili.
Como neste catálogo de 1939, possui um total de 942 Lotes e a coleção Julius Meili 1.059 peças, e observando a qualidade e raridade das peças, fica uma interrogação, AFINAL ESTE LEILÃO DE 1939, FOI OU NÃO FOI O GRANDE LEILÃO DAS PEÇAS DA COLEÇÃO JULIUS MEILI?? AS QUAIS DEPOIS DE IDAS E VINDAS, ACABOU MESMO SENDO VENDIDA 30 ANOS DEPOIS DE SUA MORTE, NO BRASIL MESMO.???
GOSTARIA QUE OS ENTENDIDOS NO ASSUNTO ME RESPONDESSEM........SE ISSO ACONTECEU MESMO OU HÁ UM MAL ENTENDIDO NISTO TUDO.
A NUMISMÁTICA BRASILEIRA PRECISA DESTA RESPOSTA.
OBS. Como blogueiro nenhum vive de brisa, envio cópia deste catálogo de 1939, A QUEM INTERESSAR, BASTA UM E-MAIL PEDINDO, onde está relacionada todas as peças numismáticas em 26 páginas e ainda ao final do catálogo 8 pranchas fotográficas das melhores peças, ao custo de R$ 25,00, já incluido o custo do correio. É um grande e curioso material para estudo.
Muito interessante a informação sobre este leilão das peças da Coleção Julius Meili. O primeiro leilão que temos conhecimento referente a Meili ocorreu em Amsterdã em 1910, realizado por J. Shulman. Houveram outros leilões, como o de 1926 pela mesma empresa de Amsterdã. A maioria das peças da antiga Coleção Julius Meili estão no Museu Histórico Nacional no Rio de Janeiro (moedas) e no CCBB – Centro Cultural Banco do Brasil (papel-moeda), me parece, que no Museu do Banco Central em Brasília existem algumas peças da Coleção Meili ou por ele incluídas no seu livro – O Meio Circulante no Brasil, Parte III - A Moeda Fiduciária no Brasil, publicado pela primeira vez em 1903 (Zürich), com reedição recente pelo Senado Federal. Peças desta coleção se dispersaram e foram vendidas tanto no Brasil como no exterior. Um grande abraço,
ResponderExcluirMarcio Rovere Sandoval
Numismata
marciosandoval@hotmail.com
Arnold Wilderberger, em sa obra monográfica "Julius Meili, pai da numismática brasileira", publicad pelo Centro de Estudos Baianos, da Universidade Federal da Bahia, em 1982, refere qu em 1935, Peter Spoery, cidadão suiço, engenheiro trabalhando em São Paulo, comprou parte da coleção de Meili, por 60 mil francos-ouro suiços, iniciando a dispersão da coleção.
ResponderExcluirabs,
Psic. Oswado M. Rodrigue Jr.
numismata - São Paulo-SP
oswrod@uol.com.br
Tive acesso ao catálogo do leilão das peças da coleção do Julius Meili em 1926 por J. Schulman. Nesse leilão só foram incluídas medalhas, nem notas nem moedas....
ResponderExcluirA história dessa coleção é difícil de rastrear pois as informações são muito divergentes...
Paulo Renato